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IV Encontro da Rede Nacional de Pontos de Cultura e Memória Rurais

 

O IV Encontro Nacional da Rede de Pontos de Cultura e Memória Rurais aconteceu no formato online, no dia 27 de novembro de 2022, com início às 17h. Estiveram presentes as seguintes organizações: Quilombo do Sopapo (SC), Centro de Referência do Jongo de Pinheiral (RJ)/ Olho do Tempo Escola Viva (PB), Ecomuseu (RJ), Aproarti (CE), Coletivo Grão de Luz (RJ), Meninos de São João (TO), Arteiros e Floresta (AC), Mataketerani (SC), Cavalo Marinho Estrela da Paraíba (PB e BH), Iacitatá (PA), Sociedade Musical Euterpe Lumiarense (RJ), Museu Comunitário Engenho do Sertão (SC), Quintal da Aldeia (GO), Tapera Real (MG) e Bruxa tá Solta (RO). Além do Secretário Municipal de Cultura de São Leopoldo, Rio Grande do Sul, representante do Grupo de Trabalho de Cultura da Transição do governo Lula.

 

Antes da realização da referida reunião, para aferir as estratégias encontradas pelas organizações durante o período da pandemia, foi produzido um questionário para as 34 organizações que compõem a rede, das quais 27 responderam. Composto por 3 eixos principais - comunicação em rede, gestão em rede e prioridades pós pandemia - o questionário teve como objetivo fazer um diagnóstico da rede; identificar políticas culturais que tenham foco e acolhida dos territórios rurais com as vozes que compõem a rede; provocar questionamentos e pensamentos a respeito da forma como a rede tem operado e possibilidades futuras de construção coletiva.

 

O encontro aconteceu virtualmente e depois de um longo período de pandemia e distanciamento social, foi possível acolher afetivamente as histórias, os anseios, os desejos, as expectativas e os sonhos que permeiam a todos da rede. Contamos com a presença do Pedro Vasconcellos, na época Secretário de Cultura de São Leopoldo e integrante do GT Cultura da Transição do governo Lula, que compartilhou o cenário e o trabalho do GT, dando foco a aspectos que tinham maior relevância para a rede, como: dados e diagnóstico da situação das políticas culturais; revogação das medidas e decretos; garantia de orçamento de 2023 (em especial a Lei Paulo Gustavo e Aldir Blanc); elaboração de proposta da estrutura do ministério feita pelo novo ministro; elaboração de proposta de ação para os primeiros 100 dias de governo, trazendo questões práticas que requerem urgência e medidas simbólicas também.

 

O IV Encontro da Rede reafirmou a importância da retomada do diálogo com o futuro Ministério da Cultura, considerando relevante reafirmar:

● Retomada do Programa Cultura Viva ou outro que atue com suporte à cultura de base comunitária no meio rural ou que atue sob os aspectos da ruralidade no meio urbano;

● Incidir em políticas culturais patrimoniais e educacionais;

● Contribuir na formulação de políticas para o setor, com foco na cultura de base comunitária Amazônica;

● Buscar recursos e parcerias em todo o corpo estatal: cultura e saúde, cultura e agricultura, cultura e meio ambiente, cultura e campo, cultura e infraestrutura, etc;

● Apoiar às organizações culturais através de editais e prêmios para fortalecimento de ações e produção, Editais diferenciados/específicos para regiões rurais e um maior apoio aos grupos informais;

● Recriar e fortalecer os fóruns culturais e participativos, cultura popular e meio ambiente;

● Revisar e atualizar os Planos Nacionais de Cultura, Lei Cultura Viva, Amazônia Cultural, CNPC.

 

O Encontro também foi um momento de pactuação das tarefas organizativas que as organizações se comprometem para colaborar:

● Articulação e divulgação das atividades das organizações da Rede, gerando e multiplicando conteúdo nas mídias sociais favoráveis aos pontos e as políticas culturais, produzindo lives com suportes técnicos para Internet;

● Formação sobre empreendedorismo e criação de trabalho e renda, agroecologia;

● Disponibilização de espaço como base operacional para a realização de novos projetos e ações no seminário nordestino e para encontros;

● Participação nas atividades propostas e espaços de representatividade pela Rede;

● Articulação e mobilização de redes e incidência político/articulação regional e estadual com outros atores formais e não formais da cultura comunitária do Estado de Santa Catarina.

 

Esse encontro foi mais um marco no processo organizativo da rede, pois centrou seus debates sobre gestão em rede, comunicação em rede e as prioridades pós pandemia. Destacando a importância de fortalecer a gestão da rede; criar um fundo para subsidiar algumas ações da rede; realizar cursos de formação da rede envolvendo temas como política de base comunitária, cidadania, entre outros; potencializar a comunicação no whatsapp; fazer programa no canal do youtube - falar de saúde, fazer contação de história, trocar saberes, entre outros; ampliar a atuação da cultura para os direitos humanos, educação, saúde etc.; apoiar na formação local para que mestres e mestras acessem o dinheiro dos editais; formar lideranças comunitárias que apoiem os mestres e mestras; fixar um calendário de encontro mensal ou bimestral da rede; criar cadastro nacional para reconhecer organizações de cultura rurais em todo Brasil; criar calendário comum de atividades que cada organização já desenvolve, de modo que todos saibam o que estão fazendo em nível nacional e apoiem na divulgação; retomar as comissões; ajudar a produzir eventos locais; estudar políticas públicas culturais e sobre cultura alimentar; criar canal de youtube do coletivo; compartilhar o que os pontos têm em termo de estrutura e mão de obra, assim, a própria rede, por meio de um sistema de troca, pode se manter; buscar editais internacionais; fazer encontros de saberes e fazeres; pensar guia de orientação para publicação no facebook da rede; inovar nas possibilidades de compartilhamento; mapear instituições da área rural para se cadastrarem na rede, mais instituições somando, ampliando a incidência; articular com outros Ministérios, a exemplo do Turismo, Educação e Agricultura Familiar; pressionar para que seja criado um comitê técnico de cultura rural com representante da rede, do MST, via campesina, da contag, para fazer o debate de cultura nos nossos território para além do Cultura Viva; formar GTs (comunicação, fundo…) para garantir o processo de animação e organicidade da rede; ativar/ reanimar os canais já existentes, em especial o do youtube; realizar encontro presencial da rede que já está constituída em 2023, apresentar um documento para que o diálogo seja retomado junto ao ministério da cultura e realizar um Seminário sobre políticas culturais para territórios rurais.

É tempo de retomada!

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